Evento promovido pelo Centro Cultural Banco do Brasil, o Laboratório do Escritor traz as jornalistas Cristiane Costa e Valéria Lamego entrevistando grandes nomes da literatura nacional. São cerca de 40 perguntas exclusivamente sobre processo criativo. No dia 16 de outubro, o convidado é Carlos Heitor Cony – um dos mais premiados autores brasileiros e membro da Academia Brasileira de Letras.
O carioca Carlos Heitor Cony, que estreou na literatura ganhando por duas vezes consecutivas o Prêmio Manuel Antônio de Almeida (1957 e 1958) com os romances A Verdade de Cada Dia e Tijolo de Segurança, durante 23 anos acreditou que não escreveria mais. Autor de obras fortes, que marcaram época, como O ventre (1958), Informação ao crucificado (1961) e o engajado Pesach, a travessia (1967), Cony achava que já não tinha mais nada a dizer em matéria de literatura. No entanto, em 1995 ele teve uma triunfal reestréia com o tocante romance Quase Memória , premiado com o Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro, como o melhor do ano. O livro encabeçou por mais de um ano as listas de mais vendidos e conquistou novos leitores para o autor, que teve toda sua obra reeditada. De lá para cá Cony já publicou mais de uma dezena de títulos, entre romances, contos, crônicas, reportagens e obras em parceria. Colunista da Folha de S.Paulo, ele também é, desde 2000, membro da Academia Brasileira de Letras.
O Laboratório do Escritor oferece ao público a rara oportunidade de conhecer os segredos de autores. Em formato de talk show, o projeto tem como proposta desmistificar a relação com a escrita e colocar o escritor diante de questões pouco exploradas, tais como o branco, a relação com a mídia, o difícil começo de uma carreira literária e o modus operandi de uma longa narrativa.
Perguntas não faltam, tanto do público, como das jornalistas Cristiane Costa e Valéria Lamego, criadoras e apresentadoras do projeto. Como os autores enfrentam os momentos de dúvida e de solidão criativa? Como é a rotina de um escritor no momento em que está escrevendo uma obra, e qual a sua relação com o objeto livro depois de concluído? "É fantástico perceber como os leitores, e não apenas os aspirantes a escritor, têm curiosidade em saber como nasce uma obra literária", diz Cristiane Costa. "Essa relação entre o público, a escrita e os autores fica evidente durante os Laboratórios. É o momento em que o livro, o autor e o leitor se encontram", complementa Valéria Lamego.
O Blog do Laboratório traz a cobertura do evento, com fotos e a possibilidade do leitor acrescentar perguntas para as próximas edições. "Foi a forma que encontramos para dar continuidade às questões levantadas durante as quase duas horas de bate-papo", explica Valéria Lamego.
Entrada gratuita, mediante retirada de senha na bilheteria a partir das 18h. As palestras são realizadas no 5° andar.
Auditório do CCBB Rio de Janeiro
Centro Cultural Banco do Brasil
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Informações: 21 3808-2020
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