Textos veiculados na lista "Amigos de Blocos" em
agosto de 2001
Poema
A Lua muda,
sem palavras, muda.
Louca,entontece a dor
fluorescente
da memória.
Faz parte do momento
lembranças antigas,
perdidas e sem esperança,
feridas que não curam,
fendas jamais esquecidas.
A lua quando muda, fala:
mãe, berço, mama, boca,
saídas fechadas,
mulher operada,
criança trancada
no quarto,
dormindo de lado.
Clélia Romano
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