HOJE....

Ando à procura de mim
num perpétuo labirinto,
não sei o que quero ou sinto,
não vejo por perto um fim.

Ando à procura de mim
na ameaça que há na rua,
na gente que teima e atua,
na mulher que luta ainda

no perpétuo labirinto
de um mundo que desabou,
do sonho que se acabou,
do amor que apenas pressinto.

Não sei o que quero ou sinto
com guerras que se criaram
e corações que gelaram
e a fome que aperta o cinto

Não vejo por perto um fim
senão a final saída...
Mas generosa, a vida
Chama de novo por mim.