TranqüilIDADE

Eu os quero
mas não procuro,
espero.
Eu não os vejo
mas não os busco,
desejo.

Não corro atrás deles,
não chamo ou reclamo,
apenas, desperta
pro dia que passa, pra graça da vida,
com calma espero,
em paz os desejo.
Num dia qualquer,
na festa ou na guerra,
ali na esquina
ou até na cozinha,
nos olhos de um bem,
no choro de alguém,
eu topo com eles,
também a esperar-me,
desejo de achar-me...

E lhes dou as mãos e,
inteira,
a minha emoção:
a ele, o Poema,
a ele, o Amor.

Maju Costa