Textos veiculados na lista "Amigos de Blocos" em
maio de 2001
Ando encafifada com o Dia das Mães desde o início da semana,
tentando achar algo inteligente para escrever a respeito. A primeira idéia
foi botar a minha na berlinda. Aliás, fui olhar no aurélio
que tipo de veículo era a berlinda e vi-a definida como um "pequeno
coche puxado a cavalo, de quatro a seis lugares, vidraças laterais
e capotas". Caí do cavalo. Pensava que era uma charrete aberta,
do tipo daquelas que a Scarlett O'Hara usava. Aí sim, minha mãe
ficaria satisfeitíssima de estar na berlinda, ainda mais se o cavalinho
tivesse guizos e ela, chapéu com laço de fita e sombrinha
de renda. Sempre foi coquete, a danada. Firme, brigadora, cumpridora dos
deveres, organizada até a última gota para mal dos meus pecados
mas, oh, vaidosa!... Gosta de uma conversa espirituosa, diz coisas inteligentes,
nem à feira vai sem baton. Agora anda meio por baixo, desde que
papai tirou o time e não a chama mais de "minha garotinha".
Dona Baptistina, entretanto, não tem computador e nem vai ler
se eu lhe fizer uma homenagem - a não ser que eu a imprima e mande
por correio, mas aí já é pedir muito da sitiante,
sempre cheia de intenções não concretizadas. Prefiro
festejar por telefone, bater um papo, mandar beijos e reafirmar que estou
indo passar uns dias lá no começo do mês que vem. Esse
pacote vai afagar-lhe muito mais o coração."
A todas as mãe Amigas, meu beijo de companheira padecente no
paraíso. E que Deus nos dê forças, porque não
é mole!
Emi.
(Maria Emília Berthier) |