Textos veiculados na lista "Amigos de Blocos" em  novembro de 2001


A NOVA CANÇÃO DO EXÍLIO

Minha terra tem palmeiras, tem flamengos, fluminenses.
Minha terra tem circenses brincando de governar.
Minha terra tem mocambos, palafitas e favelas.
Minha terra está tão triste, dá vergonha de se olhar.

Minha terra tem sertões, gente humilde, muita gente.
Minha terra tem inocentes que nem têm onde morar.
Minha terra tem montanhas, muitos rios, muitas serras.
Minha terra é tanta e a terra, prá se ter tem que lutar.

Nossa terra, a mesma terra.
Nosso chão, o mesmo chão.
Não se vê falar em guerra
Mas paz não vejo aqui não.

Muita gente, de tristeza,
Desta terra já partiu
Prá não ver a morte lenta
De sua amada mãe gentil.

Minha terra tem palmeiras
Mas cadê o sabiá?
Prá não ver tanta maldade
Foi cantar noutro lugar.

Edivaldo Amâncio de Souza

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