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OLÉ

Dentro de mim
morrem seis touros de uma só vez.

O sangue coagulado sobre a areia
A mão paralisada sobre o peito.

Já quase não te vejo
porque a distância é muita,
imagens púrpuras não deixam

Mas a terde é de sol
E o toureiro sorri.

SINAL VERMELHO

Em risco minha transparência —
Na sala
entre meu chefe
minha mãe e minha filha

Curvo-me ao reflexo dos deuses

                                                  Suzana Vargas

Do livro: Caderno de outono e outros poemas, EDUNISC, 1997, RS

                                               Ivo

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