Culto aos mistérios do passado
na vivência do mundo de agora
lembranças da encarnação no Sul da Índia (como Tamul Nadu) com reflexões místicas sobre sua vida atualCOLUNA QUINZENAL DE CLARISSE DE OLIVEIRA
autora do livro “Mistérios” (Ed. Europa)
TRANSFORMAÇÕES E EVOLUÇÃO
Os atos impensados e maus, a medida que evoluímos, são transformados; porque nossa alma não tem paz no Cosmos, enquanto os atos ainda que modificados na lembrança, perturbarem, à nossa volta. Somos Gênios
– nossas emanações transformam qualquer coisa
– e quando as coisas são desagradáveis transformam a medida da potência dao bons eflúvios que existem em nós.
Desembaraçados dos cadáveres, livres no peso de nossa evolução, nos refazemos a nós mesmos, no sentido da percepção dos raios divinos, que nunca nos deixaram, ficaram apenas à espera do que melhor existe em nós.
Magos de nós mesmos, tudo está ao nosso alcance: se somos poetas, escritores, cientistas, músicos, somos incumbidos de desvendar o mundo cósmico aos que ainda não o perceberam.
Não importa a religião, se somos livres dos cadáveres; hoje descemos à Terra como judeus, amanhã somos cristãos teósofos, Budistas, Hindús, Muçulmanos... de acordo com o que existe nessas religiões que nos possa fazer refletir sobre um ponto obscuro em nossa alma. Porque, Magos do Universo, sabemos sobre nós mesmos, para além de que qualquer filosofia ou religião nos pudesse trazer...
Sim, também somos deuses, e tudo o que é possivel a Deus cabe à nós também: esse é o principal posto que ocupamos no Exército do Existir.
Tudo isso poderá ser esquecido, quando, não tendo mais nenhuma validade, os Olhos do Criador, olham por nós...
Chega-se a um ponto de Evolução, que perdemos o controle e a crítica de nosso desdobramento. Olhamos as aves que planam acima das montanhas, às vezes, recebendo colunas de ar quente que sustentam suas asas abertas, e, elas pairam, imóveis, sustentadas por essas colunas de ar.
Ao contemplarmos as aves, desejamos estar nessa situação, de imobilidade gostosa, apreciando de uma certa altura, mais horizontes permitidos pela evolução de desdobramento do Espírito em nossa Alma.
A depressão, muitas vezes, entrava nosso Espírito, e o Entrave nos confunde, perturbando o contato com nosso Mestre, ao ponto de não sabernos o quê suplicar para desembaraçar a Verdade de nossa ansiedade. E no entanto, isso é um ponto crucial em nosso desenvolvimento.
Buscando coragem, conseguimos fazer desaparecer o obstáculo gerado pelas consequências da rota de evolução de nosso Espírito.
Livro dos Mortos do Antigo Egito - Capitulo LXXXI
Para ser transformado em Lótus sagrado
Eu sou o Lótus misterioso: esplendor na pureza...
Avanço, em meio aos Espíritos santificados,
Em direção às Narinas de Ra.
Eu caminho e O procuro.
Olhai! Eu sou puro! Chego aos Campos dos Bem Aventurados!
Salve, Lótus, tu que te assemelhas aos traços do deus Nefer-Tum (1)
Em verdade, eu conheço teu Nome secreto,
Teus nomes múltiplos, somente conhecidos dos deuses! (2)
Pois sou deus como vós, ó deuses!
Oh! Abra-me o acesso para os deuses-guias da Região dos Mortos!
Possa eu ficar aos pés do Príncipe do Amenti
E vir a ser um cidadão da Terra Santa!
Oh, deuses, recebam-me, vós todos,
Na presença do Mestre da Eternidade!
Que minha Alma possa percorrer o Lado-de-lá
Segundo seu prazer!
E que ela não seja repelida
Diante das Hierarquias dos deuses!...
Notas da Autora:
(1) Nefer-Tum: deus do Sol, filho de Ptah (deus representativo do homem encarnado na Terra) e de Sekhmet (deusa Leoa)
Nefer-Tum – O Lótus Sagrado. No túmulo de Tut-Ank-Amon foi encontrada a cabeça de Tut-Ank-Amon, dentro
de um Lótus desabrochado, esculpida em madeira. Aí existe uma analogia à Encarnação: Sekhmet, ficou tão sequiosa por lamber sangue Humano, que, se os deuses não dessem “um basta”, a humanidade acabava – a regência Deística sobre o destino humano. Nós somos o Lótus Sagrado para nos deificarmos através de Ptah, na dolorosa encarnação terrestre.
(2) Nós temos o segredo da Divindade
– é só revelá-lo.
Texto de Rudolf Steiner:
"Todo ser humano traz em seu interior, ao lado de seu - podemos denomina-lo assim - "homem quotidiano", ainda um homem superior. Este homem superior permanecerá oculto até ser despertado. E somente por si mesmo cada um poderá despertar esse homem superior dentro de si. Todavia, enquanto esse homem superior não for despertado, também permanecerão adormecidas as faculdades superiores latentes em cada um.
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Conscientizemo-nos apenas do alcance de tudo isso, levando em consideração que o "homem superior", no indivíduo, está em constante evolução. Contudo, somente por meio da calma e da firmeza descritas lhe é permitida uma evolução regular. As ondas da vida exterior pressionam o homem interior de todos os lados, quando o indivíduo não domina essa vida mas é dominado por ela. Tal homem é como uma planta que tem de desenvolver-se na fenda de um rochedo: definha até que se lhe abra mais espaço. Ao homem interior, nenhuma força exterior pode abrir espaço. Isto somente a calma interior é capaz de fazer, calma essa que ele cria para sua alma. Circunstâncias exteriores somente podem mudar sua situação exterior, sendo que jamais serão capazes de despertar o "homem espiritual" dentro dele. O discípulo terá de gerar, dentro de si próprio, um novo homem, mais elevado".
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