Culto aos mistérios do passado
na vivência do mundo de agora

lembranças da encarnação no Sul da Índia (como Tamul Nadu) com reflexões místicas sobre sua vida atual
COLUNA MENSAL DE CLARISSE DE OLIVEIRA
autora do livro “Mistérios” (Ed. Europa)
Nº 17 - 23/7/2009
(próxima: 23/8/2009)

DIVAGAÇÕES REFLEXIVAS


RUDOLF STEINER E NOSSA EVOLUÇÃO

"Todo ser humano traz em seu interior, ao lado de seu - podemos denominá-lo assim –"homem quotidiano"–, ainda um homem superior.  Este homem superior permanecerá oculto até ser despertado.  E somente por si mesmo cada um poderá despertar esse homem superior dentro de si.  Todavia, enquanto esse homem superior não for despertado, também permanecerão adormecidas as faculdades  superiores latentes em cada um.

(...) Conscientizemo-nos apenas do alcance de tudo isso, levando em consideração que o "homem superior", no indivíduo, está em constante evolução. Contudo, somente por meio da calma e da firmeza descritas lhe é permitida uma evolução regular. As ondas da vida exterior pressionam o homem interior de todos os lados, quando o indivíduo não domina essa vida mas é dominado por ela. Tal homem é como uma planta que tem de desenvolver-se na fenda de um rochedo: definha até que se lhe abra mais espaço. Ao homem interior, nenhuma força exterior pode abrir espaço. Isto somente a calma interior é capaz de fazer, calma essa que ele cria para sua alma. Circunstâncias exteriores somente podem mudar sua situação exterior, sendo que jamais serão capazes de despertar o "homem espiritual" dentro dele. O discípulo terá de gerar, dentro de si próprio, um novo homem, mais elevado".

CLARISSE: Estamos em uma zona Espiritual para a qual fomos atraídos, devido à nossa feição.  É como se estivessemos nús e ao mesmo tempo a roupagem não fizesse falta. Nossa referência não tem cores. Tudo relativo à nós, por nós, aqui subsiste pela caracteristica da Atmosfera Espiritual: somos uma resposta sem pergunta, mas respondemos sempre. As nossas respostas são o ambiente do Espírito onde estamos. O raciocínio não se faz aos poucos, ele, o raciocínio, é a atmosfera de cada um, permanente - sem antes e depois.

 

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PARAÍSO TERRENO

Na contemplação, vamos nos desvencilhando de resquicios materiais; desatamos este e mais este cipó que se enreda em nós e tem tanto de nós que nos é dificil de nos desvencilharmos dele...              
Para cada trecho da floresta terrena limpo, vemos uma abertura em nossa consciência que nos conduz à uma zona astral com atmosfera dos encantados Campos Elíseos.
É um pouco do Paraíso do Espírito que gozamos  na Terra.
O Céu está oculto na Terra em trechos que só os "Extra Terrestres" vêm.
É uma "morte" maravilhosa...  Quando morrermos, será assim: ao lado dos campos espiritualizados, correm trechos de baixo astral das almas que se debatem ignorando que, bem perto delas, está uma libertação do peso de suas consciencias.               
A visita aos Mestres, saturando-nos com sua essência divinisada, é outra recompensa que expande nosso Espírito.

 

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AS DIVERSAS REGIÕES DO ESTÁGIO

Sou eu na minha tristeza ou é a região que atravesso, mesmo reencarnada?
O importante é a região. Os estágios é a que comandam. A alma tem a impressão de que "rola" pelo Espaço, tanto fora da carne, como encerrada nela.
A Evolução se encarrega de colocar em confronto a Alma com o Estágio.
Se nos apegarmos à Alma, não nos abriremos à compreensão para a Evolução.
A Alma não se desintegra no Estágio, há algo no Estágio que a Alma pode se aperceber, e as Almas podem se enriquecer com essa percepção: nada se engrandece na Evolução, mas se coloca de acordo para o equilibrio da Direção Divina.

 

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SOLIDÃO NA TORRE

A Torre? É a Torre de Belém, na foz do Rio Tejo, de onde partiram os navios de Pedro Alvarez Cabral, para a grande viagem.
Quanto tempo de solidão no mar, onde um poeta desejaria navegar, para ter bastante tempo de sonhar... O Céu Azul sobre um Oceano Verde.
O único derivativo eram as ondas, ora pequenas vagas, ora vagalhões soprados por tempestades a se formarem. O barulho rangedor da madeira dos mastros, o barulho lúgubre das velas no seu resmungo sufocado. Os navios navegam... uma terra muito longe os aguarda.
É nela que um dia eu nascerei. Nascerei, para uma vez, eu estar na Torre de Belém, para subir com minhas pequenas pernas os altos degraus feitos para a soldadesca, para os marinheiros.
Sentada, só, fiquei numa cadeira de mais de quinhentos anos, a meditar, a meditar, quem teria nela se sentado a sonhar, a imaginar tudo o que ali se passou uma vez, quando as caravelas partiram... Iriam voltar?
Eu voltei.

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