Culto aos mistérios do passado
na vivência do mundo de agora
lembranças da encarnação no Sul da Índia (como Tamul Nadu) com reflexões místicas sobre sua vida atualCOLUNA QUINZENAL DE CLARISSE DE OLIVEIRA
autora do livro “Mistérios” (Ed. Europa)
VISLUMBRES
REALIDADE IRREAL
O deus Vishnu,
O que zela pela obra criada,
No seu zelo,
Esqueceu-se de renovar
Minha criação;
Nasci com uma só asa.
Meio defunta,
Meio anja,
Absurda gente que sou.
Sempre junto ao Mar,
Nele via
A outra asa,
Porque no Mar, parte de outro
Continente existe,
O Mar,
Lambe a costa da Índia.
SOLIDÃO NO TEMPLO HINDÚ
A Chuva
Das Eras Védicas
Se afastou,
Deixando o templo da Era Hindú,
Vazio.
A minha solidão demanda um amor,
Como um leito quente que aquece
O latejar do chakra Anahata.
Não quero imaginar, que, as brasas
Da fogueira crematória do meu corpo,
Irão suavizar o olvido dos deuses,
Para aquele que não segue os passos
Do Mestre,
Que veio para conduzi-lo à Iluminação.
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N.A.:: Os Vedas não tinham templos - sua adoração aos deuses, era ao Ar Livre. Parnagua, nos Vedas, eram as grandes chuvas.
HINDUÍSMO / BUDISMO
A Devoção
que desperta o Fogo
as chamas que representam a AurÉola
de Cristo
As chamas das Fogueiras dos Vedas
— um simbolo ainda fraco
da Emanação do Centro Cósmico,
— Haste do Interior de nosso Corpo —
fogo que desperta o Poder Shivaista
que retumba com sua Dança
no Centro do Universo
onde a repercursão do bater de seus Pés,
mantém o Som Cósmico OM
A Misericórdia e o Imenso Amor
fazendo-nos herdeiros do que é nosso
transmutado em Universo
arrebatado em Nós
e no Mundo
revertendo o mesmo que em nós
para Verdade no Exterior e no
Interior
Budismo
EM PEREGRINAÇÃO
Minha Alma passeia
pelos Templos do Passado
Todo o Passado
é um permanente e grande Templo
...é onde me refaço... me recomponho...
...onde sou...
Os Irmãos do Passado
não me receberam mais
— nem entre eles...
nem em salas míticas, para mim.
Por isso vagueio às noites,
"Alma Penada",
pelas Criptas, pelas salas de pedra
nas ruÍnas dos Castelos...
Nas muretas, ao Luar,
sou companheira das corujas, dos morcegos,
que batem suas asas escuras,
enquanto eu, que não tenho asas,
trafego pelo Espaço
meu corpo amortalhado,
sempre pela Morte,
o único Templo aberto para mim.
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