Culto aos mistérios do passado
na vivência do mundo de agora

lembranças da encarnação no Sul da Índia (como Tamul Nadu) com reflexões místicas sobre sua vida atual
COLUNA QUINZENAL DE CLARISSE DE OLIVEIRA
autora do livro “Mistérios” (Ed. Europa)
Nº 39 - 23/5/2011
(próxima: 23/6/2011)

OS ANIMAIS E A ESPIRITUALIDADE


"VEGETARIANISMO E ESPIRITUALIDADE"

Li um texto escrito pelo Irmão Charles Boeira sobre este tema: "Vegetarianismo e Espiritualidade".
Na minha opinião, a Espiritualidade jamais se enraizará "naquele" que não come carne para se espiritualizar... Mas, um pouco santo será "aquele" que por amor aos animais, passará até necessidades para que possa com toda sua dedicação, ajudar os animais a viverem sem maus tratos...
A Espiritualidade só vem com amor por tudo que existe no mundo...
Preservar a Natureza e principalmente proteger os animais...
Já presenciou a morte de uma galinha para ser preparado o prato: Galinha ao molho pardo?  A galinha é morta por Degola... o matador, segura o pescoço da galinha degolada, dirigindo o sangue para uma tigela ou prato fundo, para com esse sangue ser feito o molho pardo — a galinha ainda viva, claro!
Já pensou na tourada? Dizem que o Vaticano foi construido sobre as ruinas de um Templo ao deus Midas — isto é, o candidato ao Templo, ficava num fosso embaixo de um touro preso vivo num camarote acima, sendo todo esfaqueado, para que o sangue banhasse o novo candidato ao Templo do Rei Midas.
Os matadouros não se importam com a Canção do Aboio conduzindo a Boiada que, hipnotizada pela cantilena, acompanha docilmente o condutor para sua morte...
A saúde da alma vale mais do que a saúde do Corpo, pois a Alma sobrevive e acompanha o corpo para o Cemitério.
O Mundo não se salvará enquanto maltratar e assassinar os animais.


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A MORTE DOS ANIMAIS DEVORADOS PELOS SERES HUMANOS

Há dias eu estava conversava com o meu empregado, dizendo para ele, que se colocava uma pera na boca dos que por ordem da Santa Inquisição, iam ser queimados vivos, para não incomodarem os assistentes, com seus gritos.
E o meu empregado disse o seguinte:
- É... se faz isso com o porco...
O porco é o animal que mais grita quando é morto em casas de campo.
Já ouvi esses gritos, quando mataram o porquinho Black, criado em casa, abrindo a porta do chiqueiro para ele brincar e correr... e um dia, resolveram matá-lo para comê-lo.  O homem contratado para matá-lo, enfiava a faca e não acertava no coração, até que, D. Zilá, a vizinha e dona dele, pegou a faca e acertou no coração do animal... Eu, vizinha, ouvia os gritos do animal e rolava na minha cama, tampando os ouvidos...  E para quê?  Salcicha, salame e outras porcarias...
Uma boiada dos Pantanais, inteira, para o matadouro... Pescarias monstruosas... Quando a Humanidade vai sentir as barbaridades cometidas?
Quando o Planeta se revirar sobre si mesmo,  não haverá peras bastantes para sufocar os gritos dos que não zelaram pela Criação.


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A VIDA VISTA PELOS MEUS OLHOS

A Natura na Vida Espiritual, onde habitamos animicamente nús, porque nada podemos disfarçar para o Espírito, é que devemos observar para defesa de Nossa Alma na Fidelidade ao Espirito. Fidelidade, sinceridade, entrega ao Espirito fazem parte do acordo Divino entre Deus e o Humano; e, nesse pacto, quanto mais expansão, menos Humanidade cultivada arbitrariamente pelo Humano.
O animal, seja ele "que animal", tem a sua necessidade para a Vida, de acordo com o que ele necessita.
O Humano, nós, também...
A afeição, o cão é mais afetivo, o gato, mais independente, por isso, o gato é mais ágil e mais perceptivel que o cão... o cão acredita e confia mais no humano, o gato é mais desconfiado em relação ao humano...
Esse "gens espirtual" que defende a existência do gato com relação ao mundo, está no humano, dando ao Espírito do Humano, olhar, audição, percepção em relação ao modo de vida em que o humano está.
A Vida Externa está e não está... enquanto a Vida, na Intimidade da Alma, só tem um abrigo, que é a Percepção do Divino.
A Percepção do Divino é selvagem, como a Vida dos Animais, e não depende da conta no Banco, na joalheria, na loja de roupas, nas viagens pelo mundo...
Impactos substituem florestas, águas, ares, climas — esses impactos são a Selvageria do Espírito.

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ESCAMAS DE DINOSSAURO

Deinos, o Grande, o Terrivel, via as labaredas do Vulcão alcançá-lo, pouco a pouco.
Exalações de enxofre, sufocavam o Dinossauro...
A fumaça negra, sombreava o Sol e aquele canto sobre o planeta Terra, fazia parte da Alquimia da Mônada, da qual algumas potências poderosíssimas iriam rolar pelo Espaço, acompanhando-a no Futuro em vidas pequenas e humildes, e maiores nas magias dos Templos das Sacerdotisas.
As escamas do dinossauro estavam presas aos seus pés, fazendo-a gritar pelo Fogo da Vida, maior até que as labaredas do vulcão, pois o Fogo da Vida, da Fada Sensual, era o Segredo da possibilidade da existência.
Quando as lavas se transformassem em terra, brotariam as flores belas e perfumadas.
O enxofre do vulcão e os odores das carnes queimadas dos grandes animais eram destruídos pelo aroma do incenso nos Templos.
A Alquimia do Universo alimentava uma mônada — como que saído das Águas Primordiais o Espírito se manifestava incerto, amparado pelo equilíbrio de todos os lados do mundo.
Ele deixaria a Alma peregrinar pela Vida, até a sua ascenção Divina no Reconhecimento da Criação.

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 O QUE NOS RESTOU DOS ANIMAIS

Era uma sheeta, espécie de onça na África, o animal considerado o mais ligeiro do Planeta.
Em várias passagens pela Terra, sua Alma confunde as reações animais na encarnação humana.
Algumas vezes, a mulher, que pode ser "eu", tem reagido, mas, as reações dentro da humanidade são dificeis de serem identificadas com as reações do animal; no entanto, saão as mesmas.
Reações de répteis, reações de feras, reações de anfíbios, reações de peixes... reações de animais, quando pressentem a morte nos matadouros...
Podemos ter passado nos milhões de anos do Planeta Terra por milhares de reações... Reagimos com vestigios de todas essas reações em nosso corpo humano.
No humano, é possivel a Emancipação da Alma, sôfrega, no seu voo para o Espirito, para escapar da gaiola do corpo humano, com as mesmas sensações do escape de ser prisioneira de aves maiores...
Uma cabra, em um rochedo perigoso, tenta de todas as maneiras, escapar de um lobo... Mais tarde, essa Alma tentará escapar de um perseguidor humano e ela, a Alma, não sabe de quanto vai tentar escapar de novas perseguições...
Tudo que sofre os animais está em nossa Alma, na sua caminhada evolutiva para a libertação no Espírito...
Uma atmosfera de Amor deveria ser estendida sobre toda vida que se debate na Existência, pois somos o resultado de toda luta pela sobrevivência...
Agora: a compreensão da Alma pela Espiritualidade vem com outra luta, semelhante à luta animal, em um corpo sujeito às mais terriveis provações de dores, de paralisação de movimentos, de aniquilação do poder de reação...
No que um animal sofreu para sobreviver, nós temos o equivalente em incapacidades físicas.
Respeitar a Natureza e sua existência contará em nosso curriculo para ajudar a nossa Evolução.

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